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Você, aluno de mestrado, doutorado ou que ainda planeja fazer uma pós-graduação, já se perguntou do que são feitos os bons pesquisadores? Quais as qualidades necessárias para se obter êxito durante a sua jornada acadêmica e a execução do seu projeto de pesquisa?

Trazemos aqui uma tradução livre (do original em inglês) do professor e pesquisador Luis H. Toledo-Pereyra, então editor chefe da revista Journal of Investigative Surgery, em sua nota editorial, onde ele apresenta quais são, em sua opinião, as 10 qualidades de um bom pesquisador. Confira o artigo abaixo e depois deixe sua opinião!

Qualidade #1 – Interesse

É óbvio que sem interesse, desejo ou disposição pela pesquisa, nós não podemos sequer começar a pensar em desenvolver nenhum tipo de pesquisa. Qual o tipo não é tão importante como tentar se envolver nos aspectos da pesquisa, desde pensar a ideia até pensar os diferentes passos envolvidos em completar o processo. Em circunstâncias ideais, o pesquisador tem em sua mente uma questão para a qual ele busca uma resposta e, portanto, a pesquisa será um canal para alcançar o nível procurado de compreensão ou que ofereça uma resposta bem analisada à questão. O interesse genuíno pela pesquisa o levará a encontrar um universo de considerações valiosas que satisfarão o seu desejo de encontrar respostas racionais e adequadas.

Qualidade #2 – Motivação

Mesmo que essa qualidade seja muito próxima da anterior, alguém ter interesse / desejo / disposição para a pesquisa, a motivação é um pouco diferente porque nos leva um passo adiante em relação ao interesse inicial refletido pelo campo da pesquisa. O dicionário dá uma definição precisa da palavra motivação como "conjunto dos motivos que levam uma pessoa a agir de determinada maneira ", o equivalente a" incentivo, causa, ímpeto”. Desta forma, a motivação fornece a razão por trás do interesse inicial em pesquisa. Dá o ímpeto para avançar o desejo inicial expressa do processo de pesquisa. É a motivação que nos dá o incentivo para continuar nosso caminho na pesquisa.

Qualidade #3 – Inquisitividade

Esta qualidade não é difícil de explicar, uma vez que uma mente curiosa é quase um requisito para uma boa experiência em pesquisa. Sem curiosidade, seria impossível avançar o projeto de pesquisa. Um conselho para os recém-iniciados na pesquisa é encontrar maneiras pelas quais você pode avançar seu questionamento um passo além de sua compreensão atual dos fatos. Ser inquisitivo é ser curioso ou, como muitos dicionários descreveriam, sendo "desmedidamente curioso". Fazendo perguntas frequentes e ansiando pelas respostas, já que só o conhecimento vai completar a esfera da mente inquisitiva ou do indivíduo inquisitivo. Na pesquisa, esta é uma qualidade fundamental que acompanha o interesse inicial e motivação expressa direcionados a tudo que for relacionado à pesquisa.

Qualidade #4 – Comprometimento

O desenvolvimento de um bom plano ou estratégia de pesquisa precisa de comprometimento para avançar na conclusão do projeto de pesquisa. A mão perseverante do pesquisador - desde a concepção da ideia até os itens regulatórios necessários e a coleta e análise dos dados - é fundamental para a conclusão do estudo de pesquisa. Permanecer comprometido com o projeto de pesquisa é uma qualidade essencial no desenvolvimento e execução do estudo. O comprometimento leva o pesquisador ao fim do experimento planejado, mas ao mesmo tempo permite o antecipação dos planos para possível publicação em uma revista de referência e / ou apresentação em evento prestigiado.

Qualidade #5 – Sacrifício

O pesquisador não deve ser apenas interessado, motivado, curioso e comprometido em fazer pesquisa, mas também deverá estar pronto para sacrificar tempo e esforços em outras áreas para aplicar aos seus planos e ideias de pesquisa. Um pouco de sacrifício pessoal será necessário a fim criar uma atmosfera de progresso e avanço para os estudos realizados. E isso será indispensável no trabalho de pesquisa. O sacrifício se torna uma parte intrincada da estratégia do pesquisador, uma vez que vai ser necessário, especialmente aliado ao comprometimento, para concluir o projeto de pesquisa.

Qualidade #6 – Excelência

Ao fazer pesquisas, o pesquisador deve estar pronto para se superar no desenvolvimento da ideia de pesquisa, na hipótese de pesquisa, no projeto experimental e na adequada coleta de dados. Levar em consideração esses vários estágios de pesquisa é fundamental para conclusão do protocolo de pesquisa. A necessidade de excelência também se aplica à análise e interpretação dos dados, incluindo a escrita do estudo e sua apresentação, o que culminará em longas horas de dedicação à pesquisa.

Qualidade #7 – Conhecimento

É evidente que o conhecimento é uma qualidade da qual o pesquisador não pode prescindir, uma vez que toda o projeto de pesquisa depende disso. Conhecimento é igual a avanço, que ao mesmo tempo é igual a inovação e descoberta [2]. Para que a ideia de pesquisa progrida, é necessário conhecimento para fundamentá-la e, eventualmente, levá-la adiante [3, 4]. O conhecimento está por trás de qualquer progresso na pesquisa. Adquirir conhecimento torna-se, então, a base principal sobre a qual se firmará a pesquisa.

Qualidade #8 – Reconhecimento

A qualidade do reconhecimento geralmente se refere a ter completa ciência do projeto de pesquisa e como realizá-lo e avaliá-lo. O reconhecimento é necessário quando o pesquisador está tentando manter um bom modelo de avaliação para os dados adquiridos e sua subsequente análise. Reconhecer o processo de pesquisa, como está evoluindo e se algum desenvolvimento importante pode estar ocorrendo. É fundamental para a avaliação da pesquisa. Este reconhecimento, portanto, será muito útil para pesquisador que deseja alcançar excelência em seus estudos.

Qualidade 9 -  Abordagem Acadêmica

Assim que o projeto de pesquisa estiver totalmente concluído, o próximo passo é montá-lo para apresentação em algum congresso ou encontro e eventualmente apresentar para publicação em uma revista científica de alto impacto, com revisão por pares.  Para fazer isso, o pesquisador precisa revisar cuidadosamente seus dados, revisar a literatura e dar início ao processo de redação do manuscrito para publicação. Se o objetivo é enviar para apresentação primeiro, um o resumo terá que ser elaborado de uma maneira que inclua: introdução, justificativa, hipótese, materiais e métodos, resultados, discussão e conclusão. Estruturar a apresentação com todos esses elementos ajudam a garantir sua aceitação. A abordagem acadêmica representa, então, a melhor maneira pela qual um pesquisador pode se preparar para publicar ou apresentar os dados coletados e analisados.

Qualidade #10 - Integração

A integração de todas as qualidades anteriores de um bom pesquisador é necessária ao desenvolvimento de um bom projeto de pesquisa. Um pesquisador deve utilizar as várias características já mencionadas para fazer o melhor projeto de pesquisa possível. A integração do processo de pesquisa ou estudo é de grande magnitude quando se avança com sucesso ao longo do caminho da pesquisa. Nesta área, a colaboração com outros pesquisadores ou um grupo de pesquisadores deve ser integrada com sucesso na obtenção de resultados significativos. A integração pode funcionar ajudando o pesquisador a acumular informações obtidas em todas as etapas da pesquisa ou esclarecendo todos os aspectos da pesquisa. Nesse caminho, o pesquisador terá o melhor resultado possível.

CONCLUSÃO

As “10 Qualidades de um Bom Pesquisador” aqui apresentadas podem ser consideradas individualmente e com a finalidade de auxiliar os não iniciados na área de pesquisa a obter os melhores resultados possíveis.

Referências

Tradução livre do original em inglês:

TOLEDO-PEREYRA, Luis H. Ten qualities of a good researcher. Journal of Investigative Surgery, v. 25, n. 4, p. 201-202, 2012.

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William Shakespeare foi responsável pela adição de mais de 1700 palavras e expressões à língua inglesa

Mais de 840 milhões de pessoas no mundo falam inglês como primeira ou segunda língua, o que a faz a terceira língua mais falada do mundo, atrás do chinês mandarim e do espanhol, a primeira e a segunda respectivamente. Para ajudá-los na tarefa de aprender o idioma e ir além da gramática e outros aspectos teóricos, preparamos uma lista com 10 fatos interessantes sobre a língua.

1- O escritor William Shakespeare adicionou mais de 1.700 palavras e termos ao idioma inglês.

Quase todo mundo já ouviu falar de Shakespeare, o famoso poeta e dramaturgo inglês do século XVI. Dos sonetos de amor às peças “Romeu e Julieta” e “Hamlet”, ele influenciou grandemente a literatura inglesa.

Mas você sabia que a língua inglesa não seria a mesma sem Shakespeare? Ele inventou mais de 1.700 palavras e expressões, que foram incorporadas às suas peças, e que hoje são usadas frequentemente na linguagem coloquial.

Algumas das incríveis palavras e expressões inventadas por este admirável escritor incluem:

Addiction que significa quem é dependente físico ou psicológico de alguma substância. Em português, podemos usar o termo adicção e adicto em substituição ao adjetivo viciado, que tem um caráter pejorativo.

Bedazzled que pode ser traduzido como fascinado ou deslumbrado;

Cold-blooded que tanto pode designar um animal que tenha o sangue frio, como os répteis, quanto um ser humano cruel e indiferente às emoções;

Break the ice ou quebrar o gelo que se refere ao que falamos para aliviar as tensões e o silêncio em uma conversa.

2- A maior parte das palavras da língua inglesa vem do francês ou do Old English, o inglês antigo.

Após a conquista normanda da Inglaterra em 1066, o francês se tornou a língua usada pela nobreza da Bretanha. Já os camponeses e membros das classes sociais inferiores continuaram a usar o Old English, que era basicamente composto por vocabulário germânico.

Eventualmente, os relacionamentos entre as classes acabaram produzindo uma mistura das duas línguas e resultou no chamado Middle English, uma forma bastante similar ao inglês de hoje em dia.

Por que isso pode auxiliar no seu aprendizado? A história pode ajudar você a entender e usar melhor certas palavras. Aquelas derivadas do francês são consideradas, de maneira geral, mais sofisticadas e formais, enquanto as do Old English são mais coloquiais.

Veja por exemplo commence e begin: as duas significam começar. Commence é bem mais formal, derivada do francês, e os nativos só a usariam em situações formais. Ela poderá ser encontrada em frases utilizadas quando da discussão de negócios: The marketing team commenced work on the project, que pode ser traduzido como: O time de marketing iniciou o trabalho no projeto.

Por outro lado, begin é uma palavra coloquial, que é derivada da palavra germânica beginnan, agora em desuso.

3- Os Estados Unidos não têm uma língua oficial.

Tecnicamente, os EUA não têm uma língua oficial em nível federal, embora alguns Estados tenham declarado o inglês como a sua.

Ainda que o inglês seja o idioma mais falado nos Estados Unidos, ele não é de maneira nenhuma o único. Os EUA são um país composto com pessoas de diferentes etnias e origens e que falam uma variedade de idiomas.

4- O inglês costumava ter gêneros gramaticais.

Muitos idiomas, como o português, têm a chamada flexão de gênero: nós usamos os artigos a e o para designar substantivos dos gêneros masculino ou feminino, como por exemplo a lua, o sol, a mesa, o computador.

Para quem está aprendendo o inglês, é mais simples e fácil que não haja flexão de gênero, já que têm apenas que aprender o significado das palavras e não seu gênero.

5- O inglês usa o alfabeto latino

O alfabeto latino tem sua origem no alfabeto etrusco e é o mais utilizado no mundo.

6- O Império Britânico e – pasmem! – o iPhone são duas das maiores razões do uso tão disseminado do idioma inglês no mundo

Vocês devem se perguntar qual o motivo do inglês ser uma língua é uma linguagem tão popular no mundo todo. Há diversas razões, mas vejam abaixo as três principais, de acordo com os estudiosos:

7- O inglês já teve 29 letras, 3 a mais que as atuais 26.

O alfabeto inglês na verdade encolheu com o passar do tempo.

8- O inglês é a língua oficial das comunicações marítimas e aeronáuticas

É por isso que, não importa para onde ou por onde você viaje em todo o mundo, o piloto e a tripulação de bordo sempre sabem falar inglês.

9- William Caxton é o grande responsável pela confusão ortográfica do inglês

Bem, não somente ele 😊 , já que não é possível atribuir a responsabilidade ortográfica de um idioma a uma só pessoa, ainda mais que as línguas em geral têm uma origem e história longas e complexas, mas certamente alguns tiveram uma grande responsabilidade na formação dos idiomas.

Durante a Idade Média, poucas pessoas sabiam ler e escrever e era comum o uso dos chamados escribas, que redigiam cartas e os documentos oficiais e registros. Os escribas, portanto, faziam o seu melhor para registrar por escrito, da melhor maneira possível, as palavras faladas, assim como eram pronunciadas. Entretanto, com tantos dialetos e diferenças regionais e a falta de um sistema de unificação, é óbvio que havia muitas inconsistências na hora de escrever a mesma palavra.

William Caxton, diplomata, comerciante, escritor e pintor inglês, é considerado como sendo o primeiro a usar uma máquina impressora na Inglaterra. Ele contratou trabalhadores da região flamenga da Bélgica, que usaram a ortografia das palavras de acordo com o que estavam acostumados a usar.

Outo grande influenciador foi o editor norte-americano Noah Webster, que publicou diversos dicionários e é considerado o principal responsável pelas diferenças ortográficas entre o inglês britânico e o americano.

Vocês certamente notaram que algumas palavras inglesas têm uma grafia bem diferente da sua pronúncia. Infelizmente para quem está aprendendo o idioma, que vai ter que encontrar maneiras criativas de lidar com esse confuso sistema ortográfico!

10- O inglês tem mais palavras que a maior parte dos idiomas.

Há mais de um milhão de palavras na língua inglesa. Mas não deixe isso assustar você, já que um falante nativo médio do idioma inglês conhece de 20 mil a 30 mil palavras.

Estas são as curiosidades de hoje, mas fiquem atentos ao nosso blog e nossas redes sociais, que em breve traremos ainda mais!

E agora que vocês já sabem um pouco mais da língua inglesa, que tal se matricularem em um dos nossos cursos e dominar de vez o idioma? 😊

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