É comum sentir um frio na barriga ao imaginar a prova de proficiência em inglês do mestrado, afinal de contas, esta prova e a dissertação podem representar os maiores desafios para se tornar Mestre.
Há tempos tenho acompanhado vários alunos que decidem cursar o mestrado dominando muito menos que o inglês básico, mas que, após menos de 2 meses de estudos, não apenas são aprovados no exame de proficiência, como também lêem artigos científicos em inglês para a dissertação e disciplinas do curso.
Este texto aponta 7 passos que costumam ser seguidos por estes alunos, e que poderão lhe ajudar muito a conquistar mais rápido a proficiência em inglês e seu sonho de se tornar Mestre.
O primeiro segredo está em buscar desenvolver um interesse (de verdade) pelo inglês. Tudo vai ficar muito mais fácil a partir do momento que você estiver vendo benefícios e gostando do que está aprendendo.
Isso porque sua mente e seu humor estarão em um estado muito mais receptivo a este novo conhecimento que chega.
É comum muitos alunos chegarem dizendo: “detesto inglês”, “não consigo aprender”, “você faz milagre?”. Mas a verdade é que nestes alunos, não foi desenvolvido ainda um interesse real pelo inglês. Estas palavras apenas demonstram um histórico de relação ruim com a língua.
A partir do momento que o interesse real é desenvolvido, você começará a ter a sensação de que está aprendendo sem estudar, pois sentirá uma energia muito recompensador, conforme avança nos estudos.
A resposta é sim! Existem vários caminhos para isso. E este é o segredo n° 1 dos poliglotas: desenvolver o gosto pela coisa.O interesse surgirá quando você começar a enxergar uma relação direta entre aprender inglês e a satisfação de alguma necessidade.
Explico. Imagine se você começar a vislumbrar uma viagem para o exterior, participar de um congresso internacional, entender as músicas que você mais gosta, conversar com algum nativo em inglês, entender filmes, ou cursar um doutorado.
Você sentirá uma necessidade de entender e se comunicar que será satisfeita ao aprender mais.
Reflita bastante sobre os benefícios que o inglês lhe trará, muito além de simplesmente passar na prova de proficiência. Tenha a prova de proficiência apenas como a etapa de um objetivo de vida muito maior: dominar o inglês.
Com uma mentalidade orientada assim, você sentirá muito menos dificuldade em estudar, ficará super feliz com cada avanço e sua aprovação na prova de proficiência virá como uma consequência.
Na minha adolescência costumava dizer que detestava inglês, e confesso que não me dava bem com as aulas de inglês da escola (afinal, quem se dava?). Mas havia um fato interessante. Eu era fã de muitas bandas americanas de rock'n'roll, e me frustrava muito por não saber o que elas estavam dizendo.
Então me propus um desafio: de entender e saber cantar as minhas músicas favoritas (necessidade). E assim comecei a aprender inglês (satisfação). Por sorte, sempre tive o hábito de escutar a mesma música várias vezes (revisão).
A cada música compreendida, mais vontade tinha de entender as outras, e mais fácil ia ficando. Sentir o progresso me motivava, e sentia que não estava estudando. Ou seja: enquanto aprendia inglês, sentia como se provasse uma sobremesa.
Comece a estudar por onde o benefício vem primeiro. No caso de estudos para a prova de proficiência, a primeira sobremesa pode ser a compreensão de um artigo científico para a dissertação ou para alguma disciplina, mas também pode ser entender sua música favorita.
Inevitavelmente estudar inglês para a prova de proficiência lhe trará benefícios maiores do que simplesmente passar na prova. Aceite isso!. Resumindo:
O melhor mapa para alcançar a aprovação no exame de proficiência, sem dúvida, são as provas anteriores. É importante ter clara a estrutura da prova, quais os critérios de aprovação, o que normalmente é cobrado e quais são os temas mais recorrentes para você traçar a melhor estratégia de estudos.
Algumas provas, por exemplo, permitem o uso de dicionários (e costumam ser mais extensas). Neste caso, você poderia focar um pouco menos em vocabulário e muito mais em estruturas gramaticais, que não constarão no dicionário.
Converse com os responsáveis em preparar e aplicar a prova, e extraia o máximo de informações possíveis. Normalmente, você consegue estes materiais na secretaria do próprio mestrado, ou no centro de línguas onde são aplicadas as provas.
Comece a estudar pelas provas antigas e por nenhum outro lugar, independente do seu nível de inglês, escolha como material base número 1 resolver as provas antigas (a seguir você verá as ferramentas para isso).
Possivelmente você demorará um tempo maior para resolver a primeira prova. Mas invista este tempo com calma e perseverança, tendo a confiança de que o seu nível irá sim, melhorar a cada texto. (Conheço centenas de exemplos disso). Resumindo:
Uma vez que você já conhece como funciona a prova que fará, é hora de saber por onde começar. Para isso você precisará primeiro descobrir quais são seus pontos mais fracos, pois eles serão sua lista de prioridades.
Para descobrir suas deficiências, você pode fazer um teste de nivelamento, ou simplesmente começar a resolver provas antigas (a seguir digo como), mapeando suas dificuldades a partir delas. As palavras que você mais consultar no dicionário representarão as suas maiores dificuldades.
Se sua dificuldade estiver em verbos e conectivos, por exemplo, comece por buscar material de apoio sobre gramática. Mas se for, por exemplo, em compreender o vocabulário da prova, busque por artigos e materiais com temas de sua área.
O mais importante é ser realista, evitando assumir que a prova é muito fácil, ou muito difícil, sem efetivamente conhecer as suas principais dificuldades. Seja otimista: Ter claras as suas dificuldades não deve implicar em sentir-se culpado por ainda não dominar algum tópico de inglês.
É comum alguns alunos se mostrarem frustrados e decepcionados ao descobrirem uma palavra nova, julgando que já deveriam conhecê-la, quando o ideal seria apenas ficar contente em ter aprendido mais uma palavra nova.
A essa altura do campeonato, cobrar-se saber o que não sabe será algo totalmente inútil na conquista do seu objetivo. Aceitar aprender coisas novas com humildade é muito importante.
Foque em suas dificuldades somente em relação à prova de proficiência, ou seja; ignore se você tiver dificuldade em ouvir ou falar inglês, caso essas habilidades não façam parte da prova.
Saiba terminar: tão importante quanto saber começar é saber quando já está preparado o suficiente para passar na prova. Autoavalie-se com sinceridade, para saber efetivamente quando estiver pronto, e faça a prova com a intenção de passar.
Acontece que alguns alunos que já dominam o vocabulário o suficiente para passar na prova há tempos, mas por acharem que não estão preparados, ou que ainda têm tempo de sobra para tentar outras vezes, optam por não tentar a prova, ou pior: por fazê-la sem a intenção de passar, postergando uma possível aprovação por simples insegurança.
O otimismo ajuda nessas horas, até porque a prova é uma loteria. Pode cair um texto cuja temática você domine perfeitamente em português, e você ser aprovado (conheço dezenas de casos). Entre em campo com intenção de marcar gol!
Resumindo:
Uma vez identificadas e listadas as suas maiores dificuldades, é hora de planejar o seu tempo para saná-las de acordo com o que a prova de proficiência exige. Um erro comum que leva muitos a não conseguirem a aprovação, é deixar para estudar somente alguns dias antes. Se você tiver tempo, inicie cedo.
Comece estabelecendo uma meta simples, desafiadora e muito eficaz: entender e traduzir um texto avançado na íntegra, e em cada detalhe, de frente pra trás e vice versa.
Esse texto pode ser tanto uma prova anterior, quanto um pequeno artigo cuja temática seja possível de ser abordada na prova de proficiência (a seguir, cito as ferramentas que você poderá utilizar).
Observe que, embora esta meta possa soar audaciosa inicialmente, ela é totalmente possível, pois estamos falando de um único texto. Para poder cumpri-la sem distração, concentre-se somente no inglês que estiver presente no texto e ignore todo o resto. Reforçando:
Concentre-se em um texto de cada vez, somente nele, e em nada mais.
Somente após haver compreendido bem seu primeiro texto, parta para o seguinte; mas com a meta de gastar muito menos tempo. Por falar em tempo, definitivamente você precisará ter uma rotina de estudos em sua agenda.
Comece mapeando em sua agenda todo o seu tempo disponível, (todo mesmo, incluindo aqueles 20 minutos antes de pegar no sono).
Você irá distribuir seu tempo entre duas atividades distintas: Aprendizagem e Revisão. Reserve os seus melhores horários de aprendizagem, de preferência períodos contínuos e maiores, para atacar sua lista de prioridades, entender e traduzir novos textos.
Não deixe para aprender em seus piores horários, reserve-os para a Revisão.
Isso porque a revisão é muito mais fácil, uma vez que você já tem em mãos as respostas das dúvidas que possam surgir. Em 5 minutos você pode revisar muita coisa.
Em alguns momentos talvez você tenha pouco tempo e pouca energia para começar a aprender algo novo, mas conseguiria reler a correção de uma prova anterior, por exemplo.O ideal é fazer revisão todos os dias, e conforme você for avançando nos estudos, separar cada vez mais tempo para Revisão e menos tempo para Aprender coisas novas.
O mais importante é revisar todos os dias. Inglês é como exercícios físicos, 30 minutos diários funcionam melhor do que 3h30 de musculação aos sábados. Resumindo:
Em sua caixa de ferramentas não podem faltar 4 coisas:
Comece imprimindo os seus textos para estudos, que podem ser tanto provas antigas quanto textos cujo conteúdo possa constar na prova.
O ideal é que você possa formatá-los de modo a ter espaço entre as linhas, para anotar a tradução o mais próximo possível da versão em inglês. Esta formatação lhe ajudará muito na hora da revisão. Cada texto traduzido se transformará em seu principal material de estudo e revisão.
Tenha um caderninho, ele é o melhor amigo do proficiente. De preferência um bem pequeno, simples, que caiba na bolsa, e seja fácil de ser levado para qualquer parte (sim, incluindo o banheiro).
Como você já terá os textos impressos para fazer as traduções integrais, priorize anotar somente as palavras mais importantes, como termos técnicos, palavras-chaves e resumo de regras gramaticais.
Sem sombra de dúvidas, seu caderninho se converterá no melhor dicionário do mundo. Isso porque nossa mente assimila muito mais quando escrevemos à mão (provado cientificamente veja aqui), do que quando simplesmente verificamos no dicionário, e não anotamos (esquecemos mais rápido).
O dicionário que mais uso e indico, é também o que os meus colegas acadêmicos mais utilizam. Ele é gratuito, online, possui um aplicativo para celular, e o principal, traz vários exemplos de tradução contextualizada da palavra.
Refiro-me ao: linguee.com.br
O fato do Linguee não traduzir frases inteiras, somente palavras, o torna justamente o melhor dicionário para se preparar para a prova de proficiência (e para aprender inglês, em geral). Embora o google tradutor possua traduções satisfatórias, o fato dele permitir a tradução de frases inteiras pode ser uma tentação altamente prejudicial para quem busca aprender.
Isso porque infelizmente nosso cérebro não assimila tão bem quando obtemos respostas rápidas, nem com pouco esforço (por isso que, para aprender matemática, não basta ler as fórmulas). Poderia indicar uma série de dicionários de papel, mas a grande verdade é que nunca senti a necessidade em ter um desses, e não me sinto seguro para indicar algo que não tenha visto uma utilidade efetiva.
E não sou o único. A grande maioria dos alunos que acompanho, que passam na prova de proficiência com menos de 2 meses de estudos também não compram, utilizam somente o Linguee. Caso sua prova permita o uso de dicionários impressos, tente pegar emprestado, ou comprar preferencialmente algum que possua termos técnicos.
Esta ferramenta também serve para dizer ao mundo todo que você está estudando para a prova de proficiência. Use sem moderação e cole em toda parte. Dicas de como usar:
Encontre mil e uma formas de revisar com Post Its (e compartilhe conosco nos comentários). A ideia é que para estudar, você não precise abrir o caderno.
Digo que esta ferramenta é opcional, porque não é essencial para passar na prova de proficiência, mas poderá lhe ajudar muito (principalmente se você tiver planos de seguir avançando no Inglês para Fins Acadêmicos). Tenha preferência por livros que sejam self–study, ou seja, que permita a você estudar gramática sem necessitar exclusivamente de um professor.
Existem dois livros que mais me ajudaram na vida, e que sempre foram a base dos cursos que lecionei. Embora sejam totalmente em inglês, eles possuem uma leitura intuitiva e vários exercícios com respostas. O primeiro possui explicações sucintas, complementadas por vários exercícios que vão aumentando a dificuldade pouco a pouco.
Você pode encontrá-lo usado em sebos, vi também na Livraria Cultura, me refiro ao English grammar in use. Autor: Murphy, Raymond
O segundo já é um livro bem mais completo que o primeiro. Indicado para quem busca um entendimento mais profundo sobre as estruturas gramaticais do inglês. Não costuma ser muito encontrado no Brasil, por isso pode ser mais caro, mas também o encontrei na Livraria Cultura, me refiro ao livro: Understanding and Using English Grammar. Autora: Azar, Betty Schrampfer
Mas como disse, estes livros são ferramentas opcionais. Faça o investimento somente se puder, pois não é essencial tê-los para passar na prova de proficiência, nem para aprender a falar ou escrever. Mas se sua vontade é de seguir aperfeiçoando, ter um bom livro de gramática é importantíssimo para alcançar mais rápido um nível avançado de fluência.
Em lugar nenhum. Mantenha tudo sempre à mão.
Reforçando: Deixe suas ferramentas sempre expostas, gerando encontros inevitáveis. É simples: basta espalhar tudo.
É muito importante evitar falsos atalhos, que a um primeiro olhar podem representar uma facilidade, mas que, a médio prazo, não te leva a atingir seu objetivo primário: passar na prova de proficiência.
Alguns alunos optam em se preparar por livros traduzidos. Olhando a versão em português e comparando com a versão em inglês. Particularmente não indico esse método, pois ele oferece alguns perigos para quem está em fase de aprendizado.
Como a tradução de livros e artigos não costuma ser literal, não necessariamente as palavras foram traduzidas em seu significado real, para manter a coerência/coesão do texto.
As frases até que poderão manter o mesmo sentido, mas as palavras isoladamente não, gerando um enorme risco de você assimilar algo equivocado, achando que está certo, pois é muito mais difícil esquecer algo que aprendeu errado, do que aprender certo da primeira vez. Então, caso opte por esta estratégia, tenha bastante cuidado.
Sem dúvidas ele é uma excelente ferramenta para quando se está com pressa, mas também oferece um grande perigo: retarda seu aprendizado. Traduzir frases ou textos na íntegra, quando se está aprendendo, é o pior atalho.
Isso porque nossa mente aprende muito mais pelo esforço de entender, do que pela facilidade em obter resposta rápida (lembre-se que matemática se aprende com exercícios). Opte em utilizar um dicionário analisando palavra por palavra (preferencialmente o Linguee). Tenha curiosidade e calma, funciona melhor.
Obs.: se você busca apenas o significado de algo, sem o compromisso de aprender, utilize sem problema algum.
Inglês não se aprende em quantidade, mas com frequência. Optando por ter hábitos diários de revisão, utilizando sua caixa de ferramentas, você pode estudar muito menos em quantidade (só que todos os dias), mas muito mais em qualidade.
Caso tenha tempo para se dedicar ao inglês somente uma vez por semana, reserve esse tempo para aprender coisas novas e atacar sua lista de prioridades. Esforce-se para conseguir fazer a revisão durante a semana. Neste dia, também foque em produzir materiais para a sua caixa de ferramentas. Eles serão o seu alimento da semana. Resumindo:
Preparar-se para a prova de proficiência definitivamente não é a tarefa mais difícil que você já fez, e não exigirá uma quantidade de horas de estudos muito maior do que você gastou na maioria das matérias que já cursou.
A sua percepção de dificuldade em estudar para a prova de proficiência tem muito mais a ver com o fato de não poder aprender proporcionalmente com o tempo gasto com o estudo. Muitas vezes em provas de final de período na faculdade, você pode virar a noite estudando pela primeira vez a matéria do período inteiro, e ainda assim obter bons resultados. Infelizmente, com o inglês não é assim.
Um dos erros mais frequentes e que mais levam à reprovação na prova de proficiência, é não deixar tempo o suficiente para se preparar para a prova, até que os prazos já estejam apertados. Claro que podem existir diversas razões para isso, (às vezes não dá mesmo), mas o fato é que muitos ignoram o Poder do Pouco.
Como não se tem tempo para estudar muito inglês, muitos optam por estudar nada. Se você pode estudar pouco, estude pouco. O pouco é o que funciona no caso do inglês. Estudar nada, já seria pouco demais.
Comece construindo as Ferramentas que você conheceu acima, dedique sua primeira meia hora de estudos a isso. Dê o pontapé inicial buscando respostas para as seguintes perguntas:
Refletir sobre estas questões lhe ajudará a não mais postergar seus planos de se tornar Mestre. Resumindo:
Estes foram os 7 passos para passar mais rápido na prova de proficiência, espero que tenham sido úteis. Se esse artigo te ajudou de alguma forma, por favor, compartilhe-o com seus amigos e nos deixe um comentário.
✅ Sua prova de proficiência em inglês esta próxima? Você sabia que existe um método pouco conhecido que te ajuda a estudar mais rápido na prova de proficiência?
✅ Clique abaixo e descubra em uma apresentação onde mostramos como alunos de todo o Brasil aceleraram seus estudos e passaram na prova de proficiência mesmo com pouco tempo livre: